A Arte da Guerra

O ataque conduzido por unidades das Forças de Defesa Israelenses (em inglês Israeli Defence Forces, ou IDF) na cidade de Nablus em abril de 2002 foi descrito por seu comandante, Brigadeiro-General Aviv Kokhavi como “geometria inversa”, que ele explicou se tratar de uma “reorganização da sintaxe urbana por meio de uma série de ações micro-táticas”[i]. Durante a batalha, soldados moveram-se dentro da cidade através de centenas de metros de “túneis sobre-terrâneos”[ii] cavados dentro de estruturas urbanas densas e contíguas. Apesar de alguns milhares de soldados e guerrilheiros palestinos estarem manobrando simultaneamente na cidade, os israelenses “saturavam” de tal modo a malha urbana que poucos poderiam ter sido vistos do ar. Além disso, eles não usaram nenhuma das ruas, vias, becos ou qualquer parte externa, escadaria ou janela da cidade, mas sim moveram-se horizontalmente através das paredes e verticalmente por buracos abertos nos tetos e pisos. Essa forma de movimento, descrita pelos militares como “infestação”, busca redefinir o dentro como fora, e interiores domésticos como passagens. A estratégia da IDF de “andar através das paredes” envolve a concepção da cidade não simplesmente como local, mas também meio da guerra – um meio flexível, quase líquido, que é sempre contingente e em fluxo.

Teóricos militares contemporâneos estão agora ocupados em re-conceitualizar o domínio urbano. Estão em jogo os princípios, os pressupostos e os conceitos subjacentes que determinam as táticas e estratégias militares. O vasto campo intelectual que o geógrafo Stephen Graham chamou de “mundo das sombras” internacional dos institutos militares de pesquisa urbana e centros de treinamento – que vem sendo estabelecidos para repensar operações militares em cidades – pode ser entendido como algo similar à rede internacional de academias de arquitetura de elite. No entanto, de acordo com o teórico de urbanismo Simon Marvin, o “mundo das sombras” militar-arquitetônico atualmente gera programas de pesquisa mais intensos e bem financiados que todos os programas dessas universidades juntos, e também, certamente, está a par da pesquisa urbana de vanguarda conduzida em instituições de arquitetura, especialmente no Terceiro Mundo e em cidades africanas. Existe uma coincidência notável entre os textos teóricos considerados essenciais por acadêmicos militares e escolas de arquitetura. De fato, a lista de leituras das instituições militares contemporâneas inclui obras dos herdeiros da geração do maio de 1968 (com ênfase especial nos escritos de Gilles Deleuze, Félix Guattari e Guy Debord), bem como escritos mais contemporâneos sobre urbanismo, psicologia, cibernética e teoria pós-colonialista e pós-estruturalista. Se, conforme afirmam alguns críticos, o espaço para a crítica minguou na cultura capitalista de fins do século XX, parece que ela encontrou lugar para florescer entre os militares.

Realizei uma entrevista com Kokhavi, comandante da Brigada de Paraquedistas, que, aos 42 anos, é considerado um dos mais promissores jovens oficiais da IDF (foi também o comandante da operação para evacuar os assentamentos na Faixa de Gaza). Como muitos oficiais de carreira, ele se afastou do exército por um tempo para diplomar-se na universidade; apesar de originalmente pretender estudar arquitetura, ele terminou com um diploma em filosofia da Universidade Hebraica. Quando ele me explicou o princípio que guiou a batalha em Nablus, o que me pareceu mais interessante não foi tanto a descrição da ação em si, mas o modo como ele concebeu sua articulação. Ele disse:

este espaço que você vê, este quarto para o qual olha, não é nada mais que a interpretação que se faz dele […] A questão é: como você interpretaria um beco? […] Nós interpretamos o beco como um lugar pelo qual é proibido passar, a porta como o lugar que não podemos atravessar, e a janela como o lugar pelo qual é proibido olhar através, porque uma arma nos espera no beco, uma armadilha nos aguarda atrás da porta. Isso acontece porque o inimigo interpreta o espaço de uma maneira tradicional, clássica, e eu não quero obedecer a essa interpretação e cair nas armadilhas dele. […] Eu quero surpreendê-lo! Essa é a essência da guerra. Eu preciso vencer. […] É por isso que nós optamos pela metodologia da movimentação através das paredes. Como um verme que avança o seu caminho a mordidas, emerge em algum ponto e depois desaparece […] Eu disse às minhas tropas: “Amigos! Se até agora vocês estavam acostumados a moverem-se ao longo de ruas e calçadas, esqueçam! De agora em diante todos nós andaremos através das paredes!”[iii]

O objetivo de Kokhavi na batalha era entrar na cidade para matar membros da resistência Palestina e, então, cair fora. A franqueza horripilante desses objetivos, como contadas a mim por Shimon Naveh, o instrutor de Kokhavi, é parte de uma política geral israelense que procura romper a resistência Palestina em níveis políticos, bem como militares, por meio de assassinatos de alvos específicos, por ar e por terra.

Se você ainda acredita, como a IDF gostaria que você fizesse, que mover-se através de paredes é uma forma relativamente gentil de fazer guerra, a seguinte descrição da sequência de eventos pode fazê-lo mudar de ideia. Para começar, os soldados se juntam atrás de uma parede e então, usando explosivos, furadeiras ou martelos, abrem um buraco grande o suficiente para poderem passar. Por vezes jogam bombas de efeito moral, ou disparam alguns tiros aleatórios no que normalmente é uma sala-de-estar privada ocupada por civis insuspeitos. Uma vez que os soldados tenham passado através da parede, os ocupantes são presos dentro de um dos quartos, onde eles são obrigados a ficar – às vezes por vários dias – até que a operação seja concluída, normalmente sem água, banheiro, comida ou medicação. Civis na Palestina, bem como no Iraque, experienciaram a inesperada penetração da guerra no domínio privado do lar como a mais profunda forma de trauma e humilhação. Uma mulher palestina, identificada apenas como Aisha, entrevistada por um jornalista do Palestine Monitor, descreveu a experiência:

Imagine: você está sentado na sua sala-de-estar, que você conhece tão bem; esta é a sala onde a família assiste TV junta depois do jantar, e de repente a parede desaparece com um ruído ensurdecedor, a sala se enche com poeira e detritos, e através da parede escoa ou brota um soldado após o outro, cuspindo ordens. Você não faz ideia se eles estão atrás de você, se eles vieram tomar a sua casa, ou se a sua casa simplesmente está no caminho deles. As crianças estão gritando, em pânico. Será que é possível começar a imaginar o horror que experimenta uma criança de cinco anos quando quatro, seis, oito, doze soldados, com os rostos pintados de preto, submetralhadoras apontadas para todos os lados, com antenas saindo de suas mochilas fazendo-os parecer insetos alienígenas gigantes, explodem e saem pela parede?[iv]

Naveh, um Brigadeiro-General aposentado, dirige o Instituto de Pesquisa de Teoria Operacional, que treina os oficiais da IDF em serviço e outros militares em “teoria operacional” – definida no jargão militar como algo entre estratégia e tática. Ele resume a missão de seu instituto, que foi fundado em 1996:

Nós somos como a Ordem Jesuíta. Nós tentamos ensinar e treinar soldados a pensarem. […] Nós lemos Christopher Alexander, você pode imaginar?; nós lemos John Forester, e outros arquitetos. Nós estamos lendo Gregory Bateson; nós estamos lendo Clifford Geertz. Não eu, mas nossos soldados, nossos generais estão refletindo sobre esse tipo de material. Nós estabelecemos uma escola e desenvolvemos um currículo que treina “arquitetos operacionais”.[v]

Em uma palestra, Naveh mostra um diagrama que lembra um “quadrado de oposição” que estabelece um conjunto de relações lógicas entre certas proposições que se referem a operações militares e de guerrilha. Legendados com frases como “Diferença e Repetição – A Dialética da Estruturação e Estrutura”, “Entidades Rivais sem Forma”, “Manobras Fractais”, “Velocidade vs. Ritmos”, “A Máquina de Guerra Wahabi”, “Anarquistas Pós-modernos”, e “Terroristas Nômades”, eles normalmente citam a obra de Deleuze e Guattari. Máquinas de guerra, de acordo com os filósofos, são polimórficas; organizações difusas caracterizadas pela capacidade de metamorfose, feitas de pequenos grupos que se separam ou se juntam com outros, dependendo de contingências e circunstâncias (Deleuze e Guattari estavam conscientes que o Estado pode se transformar em uma máquina de guerra de acordo com a necessidade. De modo similar, nas suas discussões sobre “espaço liso” está implicada que essa concepção pode levar à dominação.)

Eu perguntei a Naveh porque Deleuze e Guattari eram tão populares entre os militares Israelenses. Ele respondeu que

muitos dos conceitos em Mil Platôs se tornaram instrumentais para nós […] permitindo-nos explicar situações contemporâneas de um modo que não poderíamos ter feito sem eles. Eles problematizaram nossos próprios paradigmas. Mais importante foi a distinção que apontaram entre os conceitos de espaço “liso” e “estriado” [que refletem] os conceitos organizacionais da “máquina de guerra” e do “aparato estatal”. Na IDF nós agora comumente usamos o termo “alisar o espaço” quando queremos nos referir à operação em um espaço como se ele não tivesse fronteiras. […] As áreas Palestinas podem de fato ser pensadas como “estriadas” no sentido de que são cercadas de grades, muros, valas, bloqueios e assim por diante.[vi]

Quando eu perguntei a ele se movimentar-se através de paredes era parte disso, ele explicou que

Em Nablus a IDF entendia as lutas urbanas como um problema espacial. […] Viajar através das paredes é uma solução mecânica simples que conecta teoria e prática.[vii]

Para entender as táticas da IDF de movimentação através dos espaços urbanos palestinos é necessário entender como eles interpretam o já familiar princípio de “infestação” – termo em voga na teoria militar desde o começo da doutrina norte-americana pós-Guerra Fria conhecida como Revolução nos Assuntos Militares[viii]. A manobra de infestação foi na verdade adaptada, do princípio de inteligência de enxame [swarm] da Inteligência Artificial, que supõe que capacidades de resolver problemas podem ser encontradas na interação e comunicação de agentes relativamente pouco sofisticados (formigas, pássaros, abelhas, soldados) com pouco ou nenhum controle central. A infestação exemplifica o princípio de não-linearidade aparente em termos espaciais, organizacionais e temporais. O paradigma tradicional de manobra, caracterizado pela geometria simplificada de ordem Euclidiana, é transformado, de acordo com os militares, em uma complexa geometria de tipo fractal. A narrativa do plano de batalha é substituída pelo que os militares chamam, usando um termo foucaultiano, de “abordagem caixa-de-ferramentas”, segundo a qual unidades recebem as ferramentas que precisam para lidar com várias situações e conjunturas  dadas, mas não podem prever a ordem na qual esse eventos de fato ocorreriam.[ix] Naveh:

Comandantes táticos e operacionais dependem uns dos outros e conhecem os problemas por meio da construção da narrativa da batalha; […] ação torna-se conhecimento, e conhecimento torna-se ação. […] Sem a possibilidade de um resultado decisivo, o maior benefício da operação é a própria melhora do sistema como sistema.[x]

Isso pode explicar a fascinação dos militares com os modelos espaciais e organizacionais e os modos de operação propostos por teóricos como Deleuze e Guattari. De fato, no que diz respeito ao exército, a batalha urbana é a forma mais avançada de conflito pós-moderno. A crença em um plano de batalha logicamente estruturado e de mão-única perde-se em face à complexidade e ambiguidade da realidade urbana. Civis tornam-se combatentes, e combatentes tornam-se civis. Identidades podem ser modificadas tão rapidamente quanto os gêneros podem ser simulados: a transformação de mulheres em homens combatentes pode ocorrer na velocidade que leva um soldado israelense vestido como árabe, ou um combatente palestino camuflado, a puxar uma metralhadora escondida embaixo de uma saia. Uma metralhadora sai de baixo de uma roupa de um soldado israelense “à paisana”, “arabizado”, ou de um combatente palestino. Para um combatente palestino que cai nessa batalha, os israelenses parecem

“estar em todos os lugares: atrás, nos lados, na direita e na esquerda. Como se pode lutar assim?”[xi]

A teoria crítica se tornou crucial para os ensinamentos e treinamentos de Naveh. Ele explicou:

nós empregamos a teoria crítica primariamente de modo a criticar a instituição militar em si – suas fundações conceituais pesadas e fixas. Para nós a teoria é importante pois permite articular a lacuna entre os paradigmas existentes e onde queremos chegar. Sem a teoria não poderíamos dar sentido aos diferentes eventos que acontecem ao nosso redor e que, de outro modo, pareceriam desconectados. […] Atualmente o Instituto tem um enorme impacto sobre os militares: tornou-se um nó subversivo dentro dele. Ao treinar vários oficiais do alto escalão nós ocupamos o sistema [IDF] com agentes subversivos […] que fazem perguntas; […] algumas das maiores autoridades não se envergonham em falar sobre Deleuze ou [Bernard] Tschumi.[xii]

Eu perguntei “Por que Tschumi?”. Ele respondeu:

A ideia de disjunção, encarnada no livro Arquitetura e Disjunção (1994) de Tschumi, se tornou relevante para nós. […] Tschumi tinha outra abordagem epistemológica; ele queria quebrar com o conhecimento de perspectiva única e o pensamento centralizado. Ele via o mundo por meio de uma variedade de práticas sociais diferentes, de um ponto de vista em constante mudança. Tschumi criou uma nova gramática; ele formou as ideias que compõem nosso pensamento.[xiii]

Então eu lhe perguntei por que não Derrida e a Desconstrução? Ele respondeu:

Derrida pode ser um pouco opaco demais para nosso público. Nós compartilhamos mais com arquitetos; nós combinamos teoria e prática. Nós somos capazes de ler, mas nós também sabemos como construir e destruir, e às vezes matar.[xiv]

Além dessas posições teóricas, Naveh cita elementos canônicos da teoria urbana como as práticas Situacionistas de deriva [dérive] (um método de andar a esmo na cidade baseado no que os Situacionistas chamavam de “psico-geografia”) e desvio [détournement] (a adaptação de construções abandonadas para propósitos diferentes daqueles para os quais foram destinadas). Essas ideias foram, é claro, concebidas por Guy Debord e outros membros da Internacional Situacionista para desafiar a hierarquia construída na cidade capitalista e derrubar as distinções entre público e privado, dentro e fora, uso e função, substituindo o espaço privado com uma superfície pública “sem fronteiras”. Referências ao trabalho de Georges Bataille, seja diretamente ou conforme citado nos escritos de Tschumi, também falam de um desejo de atacar a arquitetura e desmontar o racionalismo rígido de uma ordem pós-guerra, para escapar da “camisa-de-força arquitetônica” e liberar os desejos humanos reprimidos. Sem nenhum termo vacilante, a educação nas humanidades – que normalmente se acredita ser a mais poderosa arma contra o imperialismo – está sendo apropriada como poderoso veículo para o imperialismo. O uso que os militares fazem da teoria não é, obviamente, nada novo – uma longa linha se estende desde Marco Aurélio até o General Patton.

Futuros ataques militares em terreno urbano serão crescentemente dedicados ao uso de tecnologias desenvolvidas com o propósito de “des-paredar a parede”; para empregar um termo de Gordon Matta-Clark. Essa é a nova resposta do soldado/arquiteto à lógica das “bombas inteligentes”. Essas últimas, paradoxalmente, resultaram em maior número de baixas civis simplesmente porque a ilusão de precisão dá ao complexo político-militar a justificativa necessária para usar explosivos em ambientes civis.

Aqui outro uso da teoria como a mais avançada “arma inteligente” se torna aparente. O uso sedutor que fazem os militares do discurso teórico e tecnológico busca retratar a guerra como longínqua, rápida e intelectual, excitante – e até economicamente viável. Assim a violência pode ser projetada como algo tolerável e o público é encorajado a apoiá-la. Desse modo, o desenvolvimento e disseminação de novas tecnologias militares promoveu a ficção, que vem sendo projetada no domínio público, de que uma solução militar é possível – em situações nas quais ela é, no mínimo, questionável.

Ainda que você não precise de Deleuze para atacar Nablus, a teoria ajudou os militares a se reorganizarem ao prover uma nova linguagem com a qual podem falar entre si e com outros. Uma teoria das “armas inteligentes” possui tanto uma função prática quanto discursiva para redefinir a guerra urbana. A função prática ou tática, na medida em que teoria deleuziana influencia manobras e táticas militares, levanta questões sobre as relações entre teoria e prática. A teoria obviamente tem o poder de estimular novas sensibilidades, mas ela também pode ajudar a explicar, desenvolver ou mesmo justificar ideias que emergiram independentemente dentro de campos de conhecimento diferentes e com bases éticas bastante distintas. Em termos discursivos, a guerra – se não é uma guerra total, de aniquilação – constitui uma forma de discurso entre inimigos. Toda ação militar é desenhada para comunicar algo ao inimigo. Falar de “infestação”, “assassinatos seletivos” e “destruição inteligente” ajuda os militares a comunicarem aos seus inimigos que eles tem a capacidade de causar muito mais destruição. Os ataques podem então ser projetados como alternativa mais moderada à capacidade devastadora que o exército realmente possui e que pode liberar caso o inimigo exceda o nível “aceitável” de violência ou quebre algum acordo tácito. Nos termos da teoria militar operacional é essencial nunca usar toda a capacidade destrutiva, mas manter o potencial de aumentar o nível de atrocidade. Caso contrário, as ameaças não fazem sentido.

Quando os militares falam entre si sobre teoria, parece se tratar de modificação de sua estrutura organizacional e de suas hierarquias. Quando o exército evoca a teoria na comunicação com o público – em palestras, transmissões e publicações – parecer se tratar da projeção da imagem de um exército civilizado e sofisticado. E quando os militares “falam” (como todos os militares fazem) com os inimigos, a teoria pode ser entendida como uma arma particularmente intimidadora de “choque e pavor”, na qual a mensagem é: “você(s) nunca compreenderá(ão) aquilo que o(s) mata”.


Notas

O texto original pode ser encontrado em <http://www.frieze.com/issue/print_article/the_art_of_war/>. Traduzido por Roberto Winter e Gustavo Motta.

[i] – Citado em Hannan Greenberg, ‘The Limited Conflict: This Is How You Trick Terrorists’, in Yediot Aharonot, <http://www.ynet.co.il> (23 de Março de 2004).

[ii] – No original, overground tunnels (N.T.)

[iii] – Eyal Weizman entrevistou Aviv Kokhavi em 24 de Setembro de 2005 em uma base militar israelense próxima a Tel Aviv. Traduzido do hebraico para o inglês pelo autor; documentação em vídeo por Nadav Harel e Zohar Kaniel.

[iv] – Sune Segal, ‘What Lies Beneath: Excerpts from an Invasion’, Palestine Monitor, Novembro de 2002, <http://www.palestinemonitor.org/eyewitness/Westbank/what_lies_beneath_by_sune_segal.html> (9 de Junho de 2005).

[v] – Shimon Naveh, discussão após a conferência ‘Dicta Clausewitz: Fractal Manoeuvre: A Brief History of Future Warfare in Urban Environments’, ministrada durante o ‘States of Emergency: The Geography of Human Rights’, um debate organizado por Eyal Weizman e Anselm Franke como parte de ‘Territories Live’, B’tzalel Gallery, Tel Aviv, 5 de Novembro de 2004.

[vi] – Eyal Weizman, entrevista por telefone com Shimon Naveh, 14 de Outubro de 2005.

[vii] – Ibid.

[viii] – No original, revolution in military affairs (N. T.).

[ix] – A descrição de Michel Foucault da teoria como “caixa de ferramentas” foi desenvolvida originalmente junto a Deleuze, numa discussão em 1972; ver Gilles Deleuze e Michel Foucault, ‘Intellectuals and Power’, in Donald F. Bouchard (ed. e introd.), Michel Foucault, Language, Counter-Memory, Practice: Selected Essays and Interviews, Ítaca, Cornell University Press, 1980, p. 206

[x] – Weizman, entrevista com Naveh.

[xi] – Citado em Yagil Henkin, ‘The Best Way into Baghdad’, The New York Times, 3 de Abril de 2003.

[xii] – Weizman, entrevista com Naveh.

[xiii] – Naveh trabalha atualmente [2006] na tradução para o hebraico do livro de Bernard Tschumi, Architecture and Disjunction, Cambridge, MIT Press, 1997.

[xiv] – Weizman, entrevista com Naveh.


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